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Há alguns anos atrás, o Tola que me apresentou o trabalho do Johnny Cash. Gostei logo de cara do tom soturno daquilo que ouvi.
Uns dias atrás, descobri que uma das minhas músicas prediletas dele é originalmente do Nine Inch Nails: Hurt.
Mesmo com a original do NIN, eu ainda prefiro muito mais a versão do Johnny Cash.
I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that’s real
The needle tears a hold
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything
[Chorus:]
What have I become
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
I wear this crown of thorns
Upon my liar’s chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here
[Chorus:]
What have I become
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way
Como uma grande parcela dos meus amigos, eu sou um nerd, assim como a Lelê também é.
Uma das séries de TV que temos assistido é a “The Big Bang Theory”. Estamos um pouco atrasados em relação ao que está no ar no momento (para variar) então somente ontem conseguimos terminar de assistir a 1ª temporada.
Na série, um dos pontos que nos divertimos mais é fazendo o paralelo entre as atitudes extremadas dos personagens (principalmente do Sheldon, que é o über-nerd) com as pessoas que temos contato. É engraçado (e em certo ponto amedrontador) você ver que mesmo o exagero reflete exatamente parte do que somos.
No último episódio da temporada (“The Tangerine Factor”), dois paralelos do Sheldon chamaram a nossa atenção:
1- Na mesa do restaurante, ele discute a qualidade nutricional da alimentação de Leonard. Ele cita claramente a problemática quanto à redundância de carboidratos presentes. Isso é exatamente a Lelê falando em muitas situações que estamos comendo juntos.
2- Em outro momento, conversando com a Penny, Sheldon utiliza uma metáfora sobre o Gato de Schrödinger para ilustrar uma questão amorosa. Há algumas semanas atrás utilizei a mesma metáfora em uma conversa por e-mail para ilustrar uma situação afetiva similar.
Como Woody Allen diria: “Life doesn’t imitate art, it imitates bad television”.
Sexta passada ocorreu algo engraçado. Não, não tem nada a ver com baralho.
Quando pulei do ônibus, chegando ao escritório, dei de cara com um boken (espada de madeira para treinos) na vitrine de um “pseudo antiquário” (na verdade uma lojinha de cacarecos velhos). Ele estava novinho e estavam vendendo por R$20,00. Estava de graça. E lá chego eu no escritório carregando um pedaço de pau.
O engraçado foi à noite, quando fui jantar com a Lelê e o João em um restaurante / bar novo que havia aberto na Haddock Lobo. Não sei porque cargas d´água o segurança e a hostess do lugar foram com a minha cara e me deixaram entrar no local carregando o boken, mesmo eu explicando o que era. Acho que eu tenho cara de confiável demais, ou não botaram uma fé de que eu poderia machucar alguém com aquilo.
Mas o episódio do boken não é a parte importante desta história. O importante é a vontade que eu tenho sentido há algum tempo de retomar treinos de artes marciais. O boken foi só um sinal deste pensamento.
Já treinei algumas modalidades diferentes no passado. Fiz alguns anos de judô quando moleque, alguns de capoeira na faculdade e mais outros de aikido a mais ou menos uns 7 ou 8 anos atrás. Comecei a achar que era hora de voltar.
Conversei bastante com o Fausto sobre as diversas modalidades de arte marcial que ele já havia praticado. Resolvemos que iríamos procurar e analisar alguns dojôs de aikido. Nesta semana fui uma noite em um deles. O Fausto havia se informado e poderíamos fazer até duas aulas gratuitas de teste, para experimentar o estilo.
Foi muito bom. Primeiro, porque pela primeira vez em meses, consegui ficar duas horas inteiras sem pensar em nada dos meus problemas. Depois, foi muito bom para ver que a minha memória muscular estava boa, pois mesmo estando duro e destreinado, os movimentos das técnicas vieram de forma natural. Claro que eu precisei de um tempo para começar a funcionar direito novamente.
Mas tiveram duas coisas que me chamaram a atenção:
– Algumas sutilezas dos movimentos saíram mais fluídas do que antigamente. Talvez isso se deva pelas aulas de dança, aonde eu tive que aprender a conduzir a dama de forma mais clara;
– Compreendi que atualmente eu tenho uma maturidade diferente do que na época que eu fazia aikido. Algumas questões básicas de interação, postura e até equilíbrio corporal ganharam uma nova dimensão. Vi detalhes que haviam passado totalmente desapercebidos anteriormente.
Ainda vou procurar mais um pouco o dojo ideal, mas fiquei realmente empolgado com a experiência. Acho que é uma forma de eu recuperar meu equilíbrio perdido e ajudar a juntar um pouco dos cacos aqui dentro.
Don’t waste your time always searching for those wasted years.
Adoro Iron Maiden. Em termos de rock pesado, é uma das minhas bandas prediletas. Não só pelas letras (que acho fantásticas), mas pela musicalidade em si. É uma sonoridade extremamente densa e pesada, mas ao mesmo tempo harmoniosa e estupidamente bem trabalhada.
Fomos ao show deles no domingo. Tudo deu errado (ok, quase tudo) e acabou sendo um dos piores shows da minha vida.
Começou pela desorganização do evento. Os portões deveriam ter aberto às 14h00, mas acabaram abrindo somente às 16h00. Quando chegamos no Autódromo (por volta de umas 17h30), havia uma fila quilométrica (quilométrica mesmo, sem figuras de linguagem). O show de abertura começava às 20h00 e só conseguimos entrar no Autódromo quase às 21h00. Tivemos que descer correndo o resto do caminho até o local do show para pegar o início dele.
Havia chovido durante o dia e o local que abrigaria a platéia estava uma poça de lama gigantesca. Nunca mais vou a um show no Autódromo. Não existe infraestrutura para esse tipo de evento lá. Fora isso, a chuva havia danificado os telões e parte dos fogos para os momentos pirotécnicos que não ocorreram.
Nos enfiamos no meio do público. O aperto não era o problema, mas havia um pessoal muito bêbado que queria puxar briga o tempo todo. Pessoas se estranhando todo instante, gente olhando torto até para mim. Naquela hora eu fiquei mais preocupado de sobrar algo para a Lelê, então já fiquei tenso e na defensiva.
No meio da bagunça, ouvimos alguém reclamando que tinham sumido com o seu celular. Aí veio o susto: Lelê foi procurar o celular dela e já não estava mais lá. Não sabíamos se o aparelho tinha caído enquanto ela pulava em meio à massa de gente à nossa volta (e estaria espatifado e pisoteado em meio à lama), se ele tinha voado do bolso dela em meio à correria da descida (e deveria ter se espatifado no asfalto) ou se simplesmente teria sido afanado (mais tarde ficamos sabendo que estavam ocorrendo pequenos “arrastões” em meio ao público).
Tentamos procurar em meio às pernas das pessoas e a lama, mas era impossível de ver qualquer coisa por lá. Refizemos o trajeto de vinda, procuramos o achados e perdidos e nada.
Apesar do aparelho ser muito bom, não era a perda dele como bem material que era triste, nem das informações de agenda, calendários e mensagens que estavam lá, pois disso tudo havia um backup feito na semana anterior. Mas havia um ano inteiro de fotos no cartão de memória (a grande maioria não havia sido passada para o computador) e o celular havia sido o último presente de natal que a Lelê havia ganhado do seu pai.
Acabamos assistindo ao final do show de um ponto mais afastado do público, de um local mais alto, acima de toda a massa de gente. Estávamos cansados e chateados e já não conseguíamos aproveitar mais nada. Apesar de tudo, a visão daquela massa de mais de 60.000 pessoas se movimentando em sincronia era incrível de presenciar.
Resolvemos ir embora antes do bis, pegar o carro mais cedo e ir para casa resolver as coisas com a operadora do celular (bloquear o chip) e fazer o B.O. Chegando no estacionamento mequetrefe que havíamos deixado o carro, a cereja do sundae: um Opala estava atravancando a saída. O manobrista esqueceu de pegar a chave com o dono e o carro estava na ladeira que dava para a parte baixa do estacionamento, funcionando como rolha para todos os outros veículos.
Esperamos um bom tempo, tentando contornar o problema de todas as formas possíveis, mas nada. Comecei a fuçar no Opala e vi que o quebra vento estava com uma certa folga e com um pouco de jeito conseguiria arrombar o carro. Assim que surgiu mais gente e a massa crítica aumentou (explicando, havia mais gente raivosa para justificar o arrombamento do carro e mais braços para empurrar uma tonelada e meia de metal ladeira acima), demos uma forçada no quebra vento, abrimos a porta e soltamos o freio de mão.
Essa foi outra das partes divertidas, por incrível que possa parecer. O pessoal parou de reclamar, todo mundo trabalhou em conjunto e tiramos o Opala do estacionamento. Um detalhe punk foi que a direção estava travada para a direita, então tínhamos que subir o carro um pouco, frea-lo, mobilizar o grupo para levantar a frente do carro e gira-lo para a esquerda e depois voltar a empurrar. Após retirar o monstrengo, ainda tive o cuidado de ajeitar a trava do quebra-vento no lugar.
E disso tudo ainda ficou o ranço no fundo da garganta de um show que poderia ter sido bom, mas não aproveitamos. Agora é esperar que eles voltem e tentar novamente, mas não no Autódromo. Nunca mais lá.
A original é do R.E.M., mas eu prefiro a versão do The Corrs.
When your day is long
And the night – the night is yours alone
When you’re sure you’ve had enough of this life
Hang on
Don’t let yourself go
‘cause everybody cries
and everybody hurts, sometimes
Sometimes everything is wrong
Now it’s time to sing along
When your day is night alone (hold on, hold on)
If you feel like letting go (hold on)
If you think you’ve had too much of this life
To hang on
‘Cause everybody hurts
Take comfort in your friends
Everybody hurts
Don’t throw your hand, oh no
Don’t throw your hand
If you feel like you’re alone
no, no, no, you’re not alone
If you’re on your own in this life
The days and nights are long
When you think you’ve had too much of this life, to hang on
Well, everybody hurts
sometimes, everybody cries
And everybody hurts, sometimes
But everybody hurts, sometimes
So hold on, hold on, hold on, hold on, hold on,
hold on, hold on, hold on
Everybody hurts
You’re not alone
Mais um post sobre miniaturas. Não é o foco deste blog (se é que é para ter algum foco), mas como é algo que eu gosto muito de fazer, resolvi organizar as coisas. No lado esquerdo da página, na parte de links, agora existe uma nova categoria: MINIATURAS, aonde colocarei os trabalhos novos que eu fizer.
Esta miniatura é de um Treeman de fantasia medieval. Equivalente aos Ents do Senhor dos Anéis. Eu havia prometido que pintaria esta miniatura para a Lelê logo no primeiro ano do nosso namoro. Agora, dez anos depois, finalmente cumpri o prometido.
A miniatura original é esta:
O resultado final, modificado e pintado ficou assim:
Como dizem por aí: não ficamos adultos, a única diferença é que nossos brinquedos ficam mais caros.
Desde moleque eu gosto de montar coisas. Acumulava sucata para criar coisas diferentes e deixava minha mãe louca com isso. Tive uma coleção dos “Comandos em Ação” relativamente grande, porém o meu barato não era brincar com eles, mas montar os veículos e construir coisas para o exército, como quartéis-generais, hangares e outras coisas do gênero. Acho que minha vertente arquitetônica começou aí.
Com o tempo, vi que era mais modelista do que colecionador de action-figures. Gosto muito de montar, modificar e pintar os modelos. É relaxante, me deixa focado e relaxo com isso.
Com a bagunça do ano passado não estava mais conseguindo focar, não tinha vontade de pintar e nem de montar nada. Tive um pequeno lampejo em um momento que achei que as coisas estavam melhores e mais calmas, mas logo deixei as coisas de lado novamente quando tudo desandou de vez.
Voltei a pintar agora, voltei a construir coisas. Isso é um ótimo sinal. Atesta que estou realmente me centrando novamente apesar de tudo.
No final de semana passado me juntei ao Silvio e pintamos um pouco, enquanto o Chiquinho assistia a nós brincando com nossos “brinquedos”.
O resultado do sábado foi este:
Além disso, me empolguei também e montei uma lightbox. Basicamente funciona como um mini estúdio para tirarmos fotos de coisas reduzidas, como miniaturas. Montei uma que pudesse ser desmontada e acondicionada de forma reduzida.
Nas fotos acima, no centro do “cubo” dá para ver uma base giratória que fiz para tirar fotos das miniaturas em intervalos angulares regulares. O que é divertido para montar algo como isto daqui:
É realmente bom mudar o foco para coisas mais leves e agradáveis.