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Curto muito um bom café. Tenho aprendido a apreciar mais um bom espresso, inclusive os bons mesmo não precisam nem ser adoçados.
Tenho sido bem educado pelo Paulo na arte de um bom café. Inclusive foi ele que me apresentou um dos melhores cafés que eu já tomei, em um quiosque discreto no subsolo do Center 3.
Nesta sexta eu fui com a Lelê em uma pizzaria que gostamos muito de ir lá em Santana: a Jullia e vi algo que nunca tinha notado no cardápio: o Capuccino de Nutella.
É extremamente gostoso. Vale muito à pena, junto com a pizza que é deliciosa.
Eis a cara do menino (em foto da Lelê):
Engraçado como existem momentos na vida que as coisas parecem te perseguir, querendo te falar algo.
Num espaço de menos de duas semanas, esta foi a quarta vez que vi este texto do Mário Quintana (ou pelo menos um fragmento dele), em locais totalmente diferentes, sem vínculo nenhum entre eles. Hoje eu o encontrei em um quadro no Dojo de Aikido, que desde a primeira vez que vi fixei apenas na imagem, mas não havia lido o que estava escrito.
…
“Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar… nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!“
…
Mas é importante notar que de nada vale cuidar do jardim, se ele está em uma estufa e com as janelas totalmente fechadas.
Este foi novamente mais um final de semana difícil. Outra pessoa importante se foi em definitivo. Mais uma pessoa que eu não terei a oportunidade de encontrar novamente. E de novo, tudo o que sobra é o apanhado de bons momentos que foram vividos juntos.
Como já dizia o saudoso Vinícius, “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”. Sim, diversas pessoas irão passar pela sua vida. Algumas serão de forma breve, outras de forma mais duradoura. Algumas serão importantes, outras, você nem se lembrará com o tempo.
Como sempre, por mais triste que sejam estes momentos, eles acabam servindo para reunir pessoas distantes. Neste final de semana eu percebi o quão afastado eu fiquei de pessoas que são realmente importantes para mim.
Sei que nesse mundo louco em que vivemos acabamos nos afastando das pessoas que queremos bem por diversos motivos. Mas não quero mais perder ninguém importante na minha vida e achar que não pude viver plenamente com essas pessoas por qualquer motivo irrelevante que seja.
Talvez seja hora de rever algumas posturas.
Talvez seja hora de repensar o que é realmente importante e imprescindível.
Imprescindível
Este foi novamente mais um final de semana difícil. Outra pessoa importante se foi em definitivo. Mais uma pessoa que eu não terei a oportunidade de encontrar novamente. E de novo, tudo o que sobra é o apanhado de bons momentos que foram vividos juntos.
Como já dizia o saudoso Vinícius, “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”. Sim, diversas pessoas irão passar pela sua vida. Algumas serão de forma breve, outras de forma mais duradoura. Algumas serão importantes, outras, você nem se lembrará com o tempo.
Como sempre, por mais triste que sejam estes momentos, eles acabam servindo para reunir pessoas distantes. Neste final de semana eu percebi o quão afastado eu fiquei de pessoas que são realmente importantes para mim.
Sei que nesse mundo louco em que vivemos acabamos nos afastando das pessoas que queremos bem por diversos motivos. Mas não quero mais perder ninguém importante na minha vida e achar que não pude viver plenamente com essas pessoas por qualquer motivo irrelevante que seja.
Talvez seja hora de rever algumas posturas.
Talvez seja hora de repensar o que é realmente importante e imprescindível.
Como já havia sido citado nos comentários deste post, a vida cisma em cruzar os meus caminhos com o do Marcos Müller.
Conheci o Marcos no fórum de miniaturas que participo. Entramos mais ou menos na mesma época e logo de cara começamos a comentar muita coisa nos posts que cada um colocava.
Eu só fui descobrir meses depois, quando conheci o Marcos pessoalmente, que nessa época que começamos a conversar virtualmente, ele trabalhava no mesmo prédio que eu trabalho, logo no andar abaixo do meu. Teria sido mais fácil conversar no hall do elevador do que ficar debatendo bonequinhos pela internet.
Como bom nerd, tínhamos amigos em comum que vinham da época que jogávamos RPG, mas o engraçado foi descobrir amigos em comum nos mais diversos lugares, como por exemplo a Joana, que é amiga de faculdade da Lelê e era muito amiga e treinava Karatê com o Marcos tempos atrás, ou o fato dele morar no mesmo prédio que eu freqüentei na época de colégio, por ter amigos que moravam lá.
O Marcos é de longe um dos meus maiores amigos (se não literalmente o maior com seus 2 metros e tanto de altura). Foi dele inclusive que adotei os meus gatos. Para compensar (ou não) a falta desses filhos, ele e a Dani começaram a produção própria. E agora com 5 semanas de gravidez, dado o tamanho do Marcos, podemos dizer que o bebê já deve ter uns 30cm de comprimento.
Este post é uma homenagem (mesmo que tosca) a você Marcão. Aparentemente a vida sempre se esforçou para que uma hora cruzássemos nossos caminhos. De longe um dos melhores amigos que um cara poderia ter, mesmo estando longe, perdido em meio à Suíça e trabalhando com os Oompa Loompas da Nestlé.
Eu realmente fico surpreso com as curiosas sincronicidades e coincidências que permeiam a minha vida de lado a lado. Ontem não foi diferente.
No treino de aikido de ontem encontrei no dojo uma grande amigo de faculdade, que não via a muito tempo. Qual foi a minha surpresa ao descobrir que o Gil era o sensei que daria o treino!!
Foi muito divertido. Depois do treino ainda ficamos botando os papos em dia por um bom tempo.
Estou numa fase de retomar antigas amizades e essa coincidência foi muito legal. Sempre acho que elas são um bom indicativo de que estou fazendo alguma coisa que é realmente certa para o momento que estou vivendo. Pode ser um pensamento até meio bobo, mas normalmente funciona.
Bom, semana passada recebi novamente o link do vídeo da Susan Boyle, desta vez pela Dani, esposa do Marcos (ela o assistiu em uma igreja em Londres), e neste final de semana tive uma boa conversa sobre o assunto com o Rique .
O que falar sobre o fenômeno instantâneo que tomou posse da internet? Deste grande hype praticamente onipresente? Bom, posso falar que tenho sentimentos controversos quanto a ele (o hype, não a Boyle).
Não me interpretem mal. Vejo esta história toda como uma metáfora. Uma parábola de como as coisas poderiam ou deveriam ser. Não tiro o mérito da Boyle, mas debato a visão que as pessoas acabam tendo do vídeo.
Primeiro é necessário entender como eu assisti ao vídeo. Sabia de antemão que veria algo diferente, mas não sabia se bom ou ruim. Quando a Susan Boyle entrou no palco, pensei: ok, uma senhora mais velha, vestida de forma normal, relativamente feia para o padrão de beleza estipulado pela mídia. Não muito diferente de milhares de outras pessoas que vejo nas ruas todos os dias. Um pouco inocente e aparentemente ligeiramente desajeitada com o palco, mas perfeitamente compreensível para uma pessoa vinda do interior. Não a pré julguei de cara, apenas esperei para ver o que ela tinha para mostrar. Além disso, não estava tão imerso no vídeo como um todo, pois estava trabalhando enquanto o assistia. Talvez por isso meu choque não tenha sido tão grande e passei a analisar o vídeo de outra forma.
E não consigo vê-lo sem analisar o que ele é.
Todas as pessoas que participam destes shows de calouros passam por uma seleção prévia. Ninguém é louco de colocar alguém no palco sem saber o que esta pessoa irá fazer. É bem possível que os jurados soubessem de antemão o que iriam ver, então acredito que boa parte da surpresa deles é apenas teatro.
A produção toda é montada para te comover (comover no sentido de mover junto), por isso as câmeras inicialmente focam nos espectadores repudiando e depois se exaltando quando a Susan começa a cantar. Isso induz a quem vai assistir ao vídeo a copiar as emoções expostas. Mesmo a letra da música reflete na história que você está vendo, como um musical da Disney.
Mesmo a música de fundo, se for analisada, casa perfeitamente com os pontos certos para aumentar o seu envolvimento emocional. Como em um filme, ela pontua a emoção que quer ser transmitida.
Já em termos vocais, analisei o trabalho da Susan Boyle junto a dois amigos musicistas. Um deles fez uma análise em termos técnicos (já que trabalha com mixagem de som), e colocou que dificilmente o que estamos escutando foi exatamente o que ela cantou. Atualmente existem milhares de recursos para melhorar a voz em palco e em pós produção. Já a segunda análise foi no quesito vocal: apesar de cantar direitinho, ser tecnicamente afinada, a música que ela escolheu possui uma janela tonal muito pequena, o que torna a execução mais simples. Não foi uma música complexa, mas sim, foi executada de forma boa. Susan Boyle não é excepcional, somente bem competente, pelo menos no que vi.
Mas mesmo colocando na dimensão correta (ou que pelo menos eu considero correta), ainda assim acredito que em termos de história e conceito para a vida, é algo bonito de se pensar e analisar no nosso dia a dia. Serve para refletirmos quantas pessoas com potencial enorme para tanta coisa descartamos a uma primeira vista e como podemos atingir objetivos que parecem irreais se nos esforçarmos e acreditarmos em nós mesmos.
OK, não ainda em preto (e nem tão cedo), pois a faixa deixou de ser amarela e voltou a ser branca.
Voltei mesmo ao Aikido. Novo dojo, novo enfoque filosófico, novo aprendizado.
Agora, com um pouco mais de experiência e maturidade, consegui escolher um lugar para treinar com um estilo mais próximo do que eu acredito ser o ideal para mim. A coisa que mais me chamou a atenção foi a sensação de que lá, tudo que eu havia aprendido anteriormente na verdade não é nada. Isso é muito bom, pois posso começar novamente de forma correta e excluindo possíveis vícios.
Estou começando pela base. A aula de ontem foi basicamente sobre quedas. Especificamente mae ukemi e ushiro ukemi. Elas são básicas para o Aikido como um todo, e faze-las de forma correta vai evitar muitas dores e contusões futuras.
Agora é treinar, suar o kimono, cair e levantar o máximo que puder.
Conheci o Renato Ventura no Arquidiocesano, na época que eu ainda era professor de catequese. Ele era um cara calmo, tranqüilo, atencioso.
Mesmo depois de ter deixado a catequese de lado, ainda tínhamos um vínculo de amizade. Isso era no nosso final de adolescência. Saíamos de final de semana com a turma da época, que já incluía o Caio Gracco, amigo desde a época de colégio. Haviam histórias engraçadas sobre as nossas peripércias com o Gordini do Ventura em plena madrugada, como em certa noite que, após a tradicional rodada de bebedeira, colocamos algo como 7 marmanjos dentro do Gordini minúsculo, sendo que um deles era o Carlão, que na época deveria pesar uns 140 kg.
Bons tempos.
E qual foi o meu susto quando na quarta, dia 22 do mês passado, recebo uma ligação do Caio Gracco, quase meia noite me contando a história trágica que havia ocorrido. Para quem ainda não ligou a pessoa ao acontecimento, veja aqui e aqui.
Passei alguns dias mal e pensativo depois disso. Não só pelo ocorrido em si, com um amigo que agora era distante, não só pelo que leva uma pessoa a este ponto de desespero, mas como este desespero acabou afetando outras pessoas em volta, no caso o próprio filho.
Todos temos limites. Todos passam por momentos de pânico aonde nada mais faz sentido. Alguns chegam ao ponto de acreditar que a única saída é encerrar o trajeto por aqui. Acreditem, não é uma situação fácil e não é uma situação que você sai totalmente ileso. Já vivenciei isso. E, citando Lutero, “às vezes quando você olha para o abismo, ele olha de volta para você”. A saída nunca é ilesa. Mas independente disso, ainda me choca a questão do filho. De como ele conseguiu fazer o que fez com uma pessoa que amava.
Não sei ainda o que pensar direito de tudo isso. Só sei que tenho um sentimento de profundo pesar pela pessoa que um dia conheci, e que não terei chance de um dia voltar a ver.
Esta é uma vida de desencontros, aonde as relações pessoais estão fadadas a um fim ou afastamento. Devemos mesmo viver as nossas amizades da melhor forma possível, pois é provável que neste turbilhão em que vivemos, não tenhamos a chance de vê-las mais caso percamos o contato com o arrastar da maré.