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Novamente mudanças aproximam-se e uma história de muitos anos está prestes a terminar.

Trago muitas lembranças boas deste período, muitas lições e muito crescimento.

Mas como em tudo, uma hora o ciclo precisa ser encerrado para abrir espaço para o novo.

Hora de fechar as coisas, botar a mala nas costas e o pé na estrada.

E que venha o que o acaso desejar.

Sting-FieldsOfGold-Front

Sting – Fields of Gold

Youll remember me when the west wind moves
Upon the fields of barley
Youll forget the sun in his jealous sky
As we walk in the fields of gold

So she took her love
For to gaze awhile
Upon the fields of barley
In his arms she fell as her hair came down
Among the fields of gold

Will you stay with me, will you be my love
Among the fields of barley
Well forget the sun in his jealous sky
As we lie in the fields of gold

See the west wind move like a lover so
Upon the fields of barley
Feel her body rise when you kiss her mouth
Among the fields of gold
I never made promises lightly
And there have been some that Ive broken
But I swear in the days still left
Well walk in the fields of gold
Well walk in the fields of gold

Many years have passed since those summer days
Among the fields of barley
See the children run as the sun goes down
Among the fields of gold
Youll remember me when the west wind moves
Upon the fields of barley
You can tell the sun in his jealous sky
When we walked in the fields of gold
When we walked in the fields of gold
When we walked in the fields of gold

quixotePicasso

Talvez o problema seja realmente comigo.
As minhas escolhas.
A escolha pelas causas perdidas.

E o que me impede de mudar?
Ideais?
Princípios?
Moral?
Ética?

Quixotear tem o seu momento de esperança.
Quando a pá do moinho te acerta em cheio no peito.
E te lança em pleno ar.
O vôo é agradável, a sensação de leveza no pensamento.
Do alto, tudo parece claro, tudo parece simples.

Mas ao final, o vôo é curto.
E a conclusão é conhecida.
Inexoravelmente.
O chão.

Tem horas que acho que não vale mais lutar.
Mas talvez a questão se resuma apenas em um único ponto.
A escolha das batalhas.

E não é a escolha dentre as fáceis.
Das que você possui a certeza da vitória antes do início.
Mas das que valem a pena.
Daquelas que não importa o resultado final.
Mas o embate em si.

Pois não lutar por estas é deixar para trás o mais importante.

Quem você realmente é.

Aconteceu agora a pouco. Uma dessas peculiaridades de São Paulo, mas que chega a beirar o ridículo.

Hoje, por conta da chuva e da véspera do feriado, tivemos mais um dia de trânsito caótico na cidade. Resolvi encarar o congestionamento mesmo assim para ir ao treino de Aikido.

Cheguei na Teodoro Sampaio e eis que surge o meu ônibus predileto: o Aclimação, que sobe até a Doutor Arnaldo, corta a Av. Paulista inteira e me deixa a meio quarteirão da minha casa. Pena que hoje eu teria que saltar dele antes para chegar no meu treino, mas não imaginava que teria que saltar tão antes.

Trinta minutos foi o tempo que o ônibus demorou para subir meia dúzia de quarteirões e cruzar a Henrique Schaumann. Tudo absolutamente parado. Resolvo descer e caminhar até o dojo na esperança de conseguir treinar.

Subi a Teodoro até o metro Clínicas, atravessei por trás do Hospital, cruzei a passarela da Rebouças, passei ao lado do O´Malleys e consegui chegar na Augusta, mas já estava bem atrasado. Até entrar e me trocar, já teria perdido mais de um terço do treino. Ainda arrisquei ir até o dojo e dar uma olhada, mas pelas janelas já dava para ver que eu havia perdido toda a parte inicial. Desencanei e resolvi subir até a Livraria Cultura.

Lá dentro, fui com calma, passei pela Livraria toda, achei a sessão que eu queria, peguei quatro livros sobre o assunto, folheei-os todos e escolhi dois deles. Passei no caixa e tomei o rumo de casa. Ao sair na frente do Conjunto Nacional vejo a cena mais absurda: a Paulista estava sem trânsito! Resolvi que valeria a pena arriscar pegar outro ônibus ao invés do metro. De cara eu vejo a sorte grande: outro Aclimação! Me deixaria ao lado de casa.

Ao entrar, o susto: era o mesmo ônibus que eu havia tomado antes. Mesmo motorista, mesmo cobrador. Inclusive paguei a passagem novamente (o bilhete único deveria marcar R$ 0,00 na tarifa se fosse outro ônibus, mas cobrou os R$ 2,30). Cinqüenta minutos depois eu pego o mesmo ônibus!!

Mas o absurdo não termina aí. A Paulista estava totalmente liberada e o ônibus veio numa reta só, passando o metro Paraíso em tempo recorde. Da entrada do Conjunto Nacional até a porta do meu apartamento foram exatos nove minutos. NOVE MINUTOS!!!

Definitivamente eu não entendo o trânsito desta cidade. Existem bolsões de caos e de tranqüilidade espalhados de forma aleatória pela malha urbana. Não faz sentido, a não ser que existam singularidades quânticas perdidas por aí.

Repondendo a uma ligação de  telemarketing agora à tarde:

– “Desculpe, acabei de chegar do dentista, estou anestesiado e não posso responder à sua pesquisa.”

– “Outra pessoa na residência? Sim, mas os dois gatos não falam o suficiente para responder às suas perguntas…”

Desligou com uma gargalhada e um obrigado.

Onibus_Flamejante

Resolvi escrever algo por conta do que ocorreu ontem.

Não é a questão de eu gostar ou não do futebol como esporte, na verdade nunca gostei, desde moleque. Sempre achei um esporte chato, com objetivos pífios e com uma dinâmica pobre (em termos de esporte). Prefiro muito mais assistir ou jogar vôlei ou basquete.

Mas a questão que me faz ter repúdio pelo esporte, pelo menos aqui no Brasil, é todo o “pacote” que vem junto com ele. Não é mais um esporte, mas uma comoção social. Mais que uma comoção, é o circo que alivia a tensão das massas e nisso eu acho tão nocivo quanto qualquer forma de manipulação religiosa.

Em algum lugar em um passado distante, o futebol possuía um glamour, o charme do herói solitário que com sua agilidade, esperteza e por vezes malícia driblava os adversários e alcançava seu objetivo. Atualmente ele virou uma mega empresa e em alguns casos grife e modismo. Assustei outro dia quando em um pet shop encontrei uma sessão inteira de coleiras e guias com o símbolo do Corinthians.

Por conta do primeiro link que coloquei acima, debati um pouco o assunto com o Mauro. Definitivamente é um absurdo a inversão de valores. Pare e reflita por um segundo: é um esporte aonde as torcidas precisam de escolta policial para chegar ao estádio. É necessária uma logística de rotas e tempos de chegada para evitar problemas e o Estado precisa se mobilizar para isso. É normal achar que não existe nada de errado com esta constatação?

Não entendo essa rivalidade declarada. Esta formação de guetos com base em escolha de times. Essa idolatria por um time, torcer e morrer por um bando de jogadores que não tem a mínima idéia da existência dos torcedores como indivíduos únicos. O conceito todo me escapa à lógica.

Não sei, talvez eu não tenha a abrangência de pensamento para entender por que o futebol é tão bom assim, mas consigo entender que algo que causa em alguns momentos este caos social, em uma proporção absurda (nem vou relembrar o evento de destruição na Avenida Paulista causado pelos torcedores do São Paulo), possui algum elemento básico que está muito fora do lugar.

Mas como falei anteriormente, talvez seja somente um reflexo, uma válvula, um meio da massa extravasar toda a sua fúria e frustração. Talvez. Mas para mim, não deixa de ser algo ridículo e deprimente.

Rápido update: a aplicação da metonímia como figura de linguagem se faz necessária para a compreensão correta do texto. E “metonímia como figura de linguagem” foi um pleonasmo.

Essa é a música que começou como grude esta semana. Já havia ouvido anteriormente, até que a Lelê chamou atenção para a letra. E vale muito à pena pelo clip também, belíssimo:

Viva La Vida – Coldplay

I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sweep alone
Sweep the streets I used to own

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy’s eyes
Listen as the crowd would sing:
“Now the old king is dead! Long live the king!”

One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand

I hear Jerusalem bells a ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can’t explain
Once you go there was never, never an honest word
That was when I ruled the world
(Ohhh)

It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in
Shattered windows and the sound of drums
People couldn’t believe what I’d become

Revolutionaries wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?

I hear Jerusalem bells a ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can’t explain
I know Saint Peter will call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world
(Ohhhhh Ohhh Ohhh)

I hear Jerusalem bells a ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can’t explain
I know Saint Peter will call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world
Oooooh Oooooh Oooooh

junho 2009
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