Este é um detalhe que me incomodou um pouco em Buenos Aires: a mono etnia maciça. A grande maioria da população tem ascendência européia, principalmente italiana e espanhola. Fora esta grande massa branca, temos uma parcela bem menor de descendentes de índios nativos, mas é uma parcela realmente pequena da população.

Não se vê quase negros ou asiáticos por aqui. São muito raros e em geral são turistas de outros países. Chega ser estranho para nós, que estamos acostumados com a salada que é morar em São Paulo.

Tanto que aconteceu uma situação engraçada em uma das lojas que entramos. A atendente era coreana. Fiquei curioso e fui puxar papo. Ela me explicou que havia uma pequena imigração coreana por aqui, que eles já tinham um bairro próprio, que não era tão grande como em São Paulo (aonde ela inclusive possui um tio morando), etc, etc. O mais engraçado foi a outra funcionária da loja (esta de origem claramente indígena) que não entendeu o porquê de tantas perguntas e achou que estávamos interessados em comprar produtos coreanos no bairro deles.

Não tem jeito: eu gosto da mistura étnica. Neste ponto a cidade parece extremamente pobre perto da nossa.