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Ontem assisti novamente ao “The Duellists”, um dos primeiros filmes do Ridley Scott (lançado em 1977) e com Harvey Keitel e Keith Carradine nos papéis principais.

A trama gira em torno de uma pequena (e boba) desavença entre dois militares no período napoleônico. Esta desavença cresce de tal modo e de forma tão agressiva que por 15 anos se arrasta em diversos duelos entre os dois personagens, cada qual defendendo uma ótica do que seria um conceito de honra. Ao final, o motivo inicial do embate se perde e fica somente um ódio cristalizado entre ambos.

Fiquei refletindo sobre as situações que ocorrem na nossa vida, aonde um problema inicial cresce de tal forma que consegue tomar um tempo precioso de pensamentos que poderiam estar direcionados para outras coisas, aonde círculos de amizade são quebrados, aonde a própria realidade dos acontecimentos ocorridos se perde e é substituída por suposições, ou mesmo adaptados para funcionar de forma mais adequada para um ou para outro.

Mas um detalhe marcante que aparece de forma clara no filme é a questão do orgulho. Logo no começo do conflito, tudo poderia ter sido resolvido com um simples aperto de mãos, que não ocorre e com o tempo se torna inviável de poder acontecer novamente.

Fico pensando em quantos problemas na vida podem ser evitados com um simples “me perdoe”, “desculpe” ou “sinto muito”. Quantos momentos deixamos passar simplesmente por medo ou comodismo. E quando vamos ver, o final (ou início) do conflito se tornou inexorável.