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Pateta_motorista

Quando comentei sobre a “tentativa de homicídio” pela qual passei, pairou no ar se eu estava sendo excessivamente dramático, se o motorista não estava simplesmente bêbado, etc, etc. Como eu falei nos comentários, sim, essa é uma possibilidade.

Mas me surpreendeu no final de semana, quando comentei do assunto com outras pessoas.

Meu irmão me contou o caso do pai de uma ex-namorada dele. Homem pacato e tranqüilo que na casa era submisso à esposa. Quando ele entrava no carro se transformava totalmente, como o Pateta no desenho animado, e usava o veículo para compensar a repressão no lar. Além de ser extremamente agressivo no trânsito, um dos hábitos que ele tinha era de bater com o espelho lateral em pedestres e ciclistas que estavam na rua, com a justificativa que ele estava “educando” que a rua era o lugar para os carros.

Uma outra amiga comentou que quando leu o meu post anterior lembrou de um livro que leu há tempos: “Feliz Ano Novo” do Rubens Fonseca. Um dos contos do livro, ”Passeio Noturno”, falava justamente de um homem cujo “passatempo” era atropelar pessoas à noite em ruas desertas.

Pesquisas sérias indicam que pelo menos 4% da população possui algum tipo de distúrbio psicótico ou sociopático, que variam de leve até um nível bem grave. Não é de se estranhar esbarrar com algumas dessas pessoas no nosso dia a dia e nem nos darmos conta disso.

Bom, deixo aqui o filme “educativo” de como funciona o comportamento de certas pessoas no trânsito, pela ótica do Pateta:

A cada um.
Aos que estão sempre presentes.
Aos ausentes.
Aos próximos.
Aos distantes.
Aos que me seqüestram para os botecos.
Aos que encontro sem querer no metro.
Aos que dividem o almoço em um dia chuvoso.
Aos que se preocupam.
Aos novos.
Aos que já foram um dia.
Aos que passam horas ao telefone no meio da madrugada.
Aos que trocam um e-mail eventual.
Aos que ensino coisas, e com quais aprendo muito.
Aos que nunca perderam a esperança.
E aos que me ajudam a não perder a minha.

Sem vocês, boa parte das coisas perderia o sentido, ou pelo menos grande parte da graça.

.

So no one told you life was going to be this way.
Your job’s a joke, you’re broke, you’re love life’s DOA.
It’s like you’re always stuck in second gear,
Well, it hasn’t been your day, your week, your month, or even your year.

But, I’ll be there for you, when the rain starts to pour.
I’ll be there for you, like I’ve been there before.
I’ll be there for you, cause you’re there for me too.

You’re still in bed at ten, the work began at eight.
You’ve burned your breakfast, so far, things are going great.
Your mother warned you there’d be days like these,
But she didn’t tell you when the world has brought you down to your knees.

That, I’ll be there for you, when the rain starts to pour.
I’ll be there for you, like I’ve been there before.
I’ll be there for you, cause you’re there for me too.

No one could ever know me, no one could ever see me.
Seems like you’re the only one who knows what it’s like to be me.
Someone to face the day with, make it through all the rest with,
Someone I’ll always laugh with, even at my worst, I’m best with you.

It’s like you’re always stuck in second gear,
Well, it hasn’t been your day, your week, your month, or even your year.

But, I’ll be there for you, when the rain starts to pour.
I’ll be there for you, like I’ve been there before.
I’ll be there for you, cause you’re there for me too.

.

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Sem vocês, eu só poderia contar com uma coisa: U-na-gi!

evil eyes_small

Eu tendo a não acreditar que existam pessoas realmente más. Sempre tento ver atitudes extremadas como fruto de situações limites. Mas tem momentos que eu descarto esta visão otimista e acredito que a maldade é algo realmente inerente a certas pessoas.

Ontem de noite ocorreu um desses momentos.

Estava voltando de um jantar com amigos na região de Perdizes. Estava subindo a Apinajés em direção à Alfonso Bovero. Como o trecho no local é extremamente inclinado, não tinha como subir montado na bicicleta, então estava a pé, empurrando ela do meu lado rua acima, junto à fileira de carros estacionados.

A rua estava vazia por conta do horário avançado e não estava passando nenhum carro. Comecei a ouvir a aproximação de um carro por trás, estava com o som ligado bem alto. Não sei porque, algo me falou para sair da rua. Havia um espaço entre os carros e eu simplesmente suspendi a bicicleta e pulei para o lado.

Foi a minha sorte. O motorista estava vindo em cheio para me acertar com o carro. Aparentemente ele se distraiu com o meu salto para o lado, não controlou direito o carro e chapou na lateral do carro estacionado em frente, arrancando fora o espelhinho lateral que voou longe. Ele nem parou e continuou em frente.

Não tive reação na hora. Fiquei abestalhado com a atitude gratuita do indivíduo. Nem me veio à cabeça anotar a placa nem nada.

Fico pensando como isso é possível. Como as pessoas podem ter atos de maldade com desconhecidos de forma tão fria. Como lidar com essa psicopatia que existe ao nosso redor, que nem nos damos conta? Desta vez tive sorte.

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