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Ontem foi um dia na base do pedal, de diversas formas.
A manhã começou com um transporte de recicláveis, passou por uma surpresa e um sorriso e fechou com compras para os gatos.
Na parte da tarde, foi a vez de encontrar amigos, conversar profissionalmente e esticar para um happy hour.
Mas o curioso foi na saída do barzinho (o Veloso), já por volta das 22h00. Algumas caipirinhas e a barriga cheia de coxinhas e outros petiscos fabulosos. Muita energia para gastar e uma total falta de vontade de parar em casa.
Passei em frente ao meu prédio e continuei ladeira abaixo. E toca pedalar. Sem rumo, apenas explorando, com a garoa levinha caindo à minha volta e poças e mais poças para brincar com os pneus da bicicleta.
Foram quase duas horas de vias de tráfego rápido, ruelas desertas, saltos em desníveis de calçada, cumprimentos para porteiros velhinhos em guaritas solitárias. Lama, chuva, água e folhas.
Mas mesmo depois de chegar em casa e tomar um bom banho, a noite ainda chamava por mim mais um pouco. O porteiro deve ter ficado se perguntando o que este maluco estava fazendo, saindo novamente de bicicleta à 1h00 da madrugada para mais um passeio.
Talvez eu esteja inebriado com a sensação de liberdade que o par de rodas me dá…
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– o vídeo é de autoria do Mike Matas – http://www.mikematas.com –
“Se o meu peito fosse um canhão, meu coração teria sido disparado”.
A frase é inspirada no Capitão Ahab, mas o sentimento de hoje à tarde era meu.
Cabeça cheia, me sentindo inquieto e com as paredes de casa me sufocando. O dia estava nublado e frio, a tarde com um ar estático que me sufocava. Resolvi sair sem rumo.
Bicicleta na rua e ladeira abaixo. Saracoteio por algumas ruazinhas e acabo caindo no Ibirapuera. Diferente do domingo ensolarado, hoje o parque estava quase deserto. Pedalei rápido pelas ruas que travavam meu movimento no final de semana.
Uma volta, duas voltas. Vento e ar frio pulsando nas minhas orelhas e lacrimejando meus olhos. Vontade de fazer algo diferente. Enfiei-me então na trilha em meio às árvores na qual costumo correr. Lama e poças, folhas úmidas que escorregavam como sabão, raízes e galhos que precisavam ser saltados.
Esticando a volta, passando em meio ao planetário, achei uma pracinha que nunca havia notado. Resolvo parar, apoiar a bicicleta, tirar umas fotos e conversar com os gansos.
Hora de voltar para casa, em meio a alguns corredores de final de tarde. Subindo em parte pelo caminho já conhecido e em parte explorando ruelas novas e espaços que sempre tive curiosidade de ver quando passava a pé.
Lama e suor por toda roupa, alma mais calma e contida.
Novamente mudanças aproximam-se e uma história de muitos anos está prestes a terminar.
Trago muitas lembranças boas deste período, muitas lições e muito crescimento.
Mas como em tudo, uma hora o ciclo precisa ser encerrado para abrir espaço para o novo.
Hora de fechar as coisas, botar a mala nas costas e o pé na estrada.
E que venha o que o acaso desejar.
Foi num desses domingos. Nesses que você pensa em fazer várias coisas diferentes para quebrar a idéia de uma indefectível segunda.
Primeiro foram patins, mas chovia tanto no Parque Villa Lobos que somente com skys aquáticos e uma lancha conseguiríamos chegar perto de patinar.
Resolvemos arriscar o Sesc Pompéia, pois tínhamos ouvido que havia uma pista de patinação no gelo por lá. Mas que gelo que nada. Era meramente um polímero qualquer super liso que deslizava razoavelmente bem. Era uma cena de dar pena. Acabamos aproveitando somente as focas de pelúcia que estavam por lá.
Decidimos que nosso ritual de expurgo da lembrança da segunda não deveria terminar ali.
Coletamos víveres e rumamos para casa do Rafa. Terminamos o dia comendo pão de alho (todos) e tomando pinga (alguns) enquanto jogávamos Tichu e brincávamos com a coleção de chapéus do anfitrião. Isso tudo assistindo enquanto o magnífico aquário de água salgada alternava seu ciclo de luz para simular a chegada da noite.
Pena que o narguilé ficou para uma próxima vez. Hummmnnn… Chapeleiro, narguilé… Se houvesse um coelho branco na história, começaria a suspeitar que deveria ter alguma Alice escondida por lá.
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