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Pânico sob pelos
Homem passa oito horas soterrado por gatos e sobrevive.
da redação
Na noite de quarta passada, o Sr. André Moreau foi soterrado por uma pilha de gatos. Felizmente, na manhã desta quinta feira, ele conseguiu sair ileso, após oito horas de completo confinamento.
Segundo a vítima, a noite começou tranqüila e em pouco tempo já havia pego no sono. Em determinado momento, com uma sensação estranha, o Sr. André acordou assustado. Segundo ele: “acordei me sentindo preso e soterrado e em um primeiro momento achei que estava cego e que tinha perdido os movimentos da minha perna direita. Quando consegui entender, vi que era apenas o gato branco deitado sobre meu rosto e um gato gordo feito um hipopótamo que tinha deitado sobre a minha perna e ela havia dormido”.
No decorrer da noite, alternando estados e vigília e sono profundo, André conseguiu alcançar seu aparelho celular, mas ao ser indagado do porque não ter chamado por resgate (ou no caso, res-gato), tivemos a curiosa resposta: “eu não conseguia pensar em outra coisa. Tudo que eu pensava no momento era em tirar fotos engraçadas para criar imagens de ‘lol cats’ posteriormente”.
Pela manhã, já perdendo as esperanças de conseguir levantar antes da hora do almoço, a situação simplesmente resolveu-se sozinha. Ouvindo um barulho no outro cômodo, os gatos simplesmente levantaram e foram embora. “Parecia um milagre”, declara a vítima, “mas depois eu entendi que era apenas fome”.
A vítima passa bem e sofreu apenas uma pequena desidratação na pele do rosto, resultado das inúmeras lambidas sofridas. Seus dois filhos, Kyle e Aslan, respiraram aliviados com a sua volta para casa e comemoraram fazendo festa de barriga para cima.
Já falei sobre os meus gatos neste post aqui. Hoje a Dani (a “tutora” anterior dos mientos) me passou a história de como o Aslan foi parar na entidade de adoção.
Foi da ONG Adote um Gatinho que ele veio. Susan Yamamoto, uma das fundadoras da instituição foi quem resgatou o pequeno.
Era novembro de 2006. Susan estava trabalhando e havia dado uma pausa para ler seus e-mails da ONG. Em um deles, uma amiga tinha escrito desesperada sobre um gato que estava encarapitado em cima da escultura “4 ondas” (homenagem aos 80 anos da Imigração Japonesa no Brasil, ao lado do Centro Cultural), no meio das duas pistas da avenida 23 de Maio.
Como Susan trabalhava em um prédio praticamente lá do lado, resolveu dar uma olhada pela janela. Não é que havia um pontinho amarelo ali, bem em cima de uma das ondas? Ela nunca teria adivinhado que era um gato se não fosse o e-mail.
Ela não conseguiu encontrar ninguém para resgatar o bichano. Trabalhou aflita até a hora do almoço, quando saiu com um amigo do trabalho para tentar fazer algo pelo gato. Estava chovendo e eles temiam que ele tentasse atravessar a avenida, o que na certa seria fatal.
Como não seria possível atravessar as pistas à pé, eles pegaram o carro. Conseguiram encontrar uma brecha no canteiro central, aonde não havia barra de proteção e a guia era mais rebaixada e enfiaram o carro lá.
Quando chegaram na escultura, o gato estava deitado lá debaixo, juntamente com dois moradores de rua que alegavam que o gato lhes pertencia. Susan insistiu muito, explicou que lá era um local perigoso para o gato, falou que cuidaria bem dele, mas os dois se mostravam irredutíveis. No final das contas, a questão foi resolvida na base do dinheiro.
Isso mesmo. Aslan foi comprado de dois moradores de rua depois de ser resgatado do meio da 23 de Maio.
Aparentemente o gosto dele por lugares altos vem de antes. Não é à toa que ele gosta de ficar olhando o mundo da janela do 11º andar.
E se eu não tenho uma história “normal”, porque meu gato teria?
“O gato é o espelho da mente do ser humano, da personalidade e atitudes de seu dono; da mesma maneira que o cachorro reflete a aparência física de seu dono.”
(Winifred Carriere)
Bom, algo menor e mais leve para balancear o bloco de texto gigantesco de ontem: seres mientos.
Aslan e Kyle foram dois apoios enormes que eu tive no ano passado. Companheiros sempre presentes disfarçados de gatos. Seguraram barras enormes, em troca de um punhado de ração e um pouco de carinho na barriga.
Ambos são “readotados”. Eles já haviam sido adotados anteriormente por um casal de grandes (literalmente) amigos, mas como eles alteraram o endereço de correspondência para um local um pouco mais distante (Suíça), os gatos foram adotados uma segunda vez, agora por mim.
Não sou só eu que tenho animais em casa. Letícia possui cães na casa dela. Atualmente apenas 6, mas quando a conheci eles somavam 18.
Seria eu mais “cat person” e ela mais “dog person”? Creio que o mais correto seria dizer que somos “animal persons”. Crescemos com muitos animais a nossa volta e temos um apego e preocupação grande com eles. Não só com os nossos, mas com os de outras pessoas também, sempre perguntando para elas sobre eles, interagindo e cuidando sempre que possível e sentindo realmente quando um deles se vai em definitivo.
Mas não posso reclamar. Os dois são muito legais. Tão legais que me deixam morar no apartamento e nem reclamam muito da minha presença.